DIREITOS HUMANOS: SUJEIÇÕES, CUMPLICIDADES E AFLORAMENTOS
HUMAN RIGHTS: SUBJECTION, COMPLICITY AND LEVELLING

PAULO-EDGAR ALMEIDA RESENDE
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, área de concentração de Relações Internacionais. Coordenador do Núcleo de Análise de Conjuntura Internacional – PUC/SP. Diretor-Presidente do Centro de Estudos Estratégicos Sul-americanos. Membro efetivo do Grupo de Análise de Conjuntura Internacional – USP e do Instituto de Estudos de Economia Internacional.

Recebido para publicação em setembro de 2004.


Resumo:
O sentido da existência se concretiza por meio da percepção do que significa viver, e de que forma se vive. Imbricados, direitos e deveres como tarefa coletiva, estão colados à geografia e à história de cada formação social Na compreensão da weltanschauung de determinado agrupamento humano, os pares verticalidades/ horizontalidades, questões de gênero, etárias, censitárias e estados psíquicos resultam em certa narrativa de direitos. Detectar o sentido do volumoso e múltiplo vocabulário, por fora de apriorismos ideológicos de esquerda e de direita, leva-nos a distinções importantes sobre a clave em que se inscrevem as formulações sobre direitos, onde se situam, o que dimensionam, para o que apontam. Desconcertantes concepções de práticas democráticas nos possibilitam alternativas no jogo de interpretações de seus eixos básicos, melhor dizendo, de seus fluxos. O esforço arqueológico e genealógico de acompanhamento do sinuoso curso da reinvenção dos direitos, carregados de história, é tido como forma adequada de lidarmos com a parafernália dos direitos denominados de 1a, 2a, 3a gerações, e, certamente, na construção de cenário, sem bandeiras, de formulações que advirão. Como roteiro de nossa exposição elencamos: produção dos discursos sobre direitos humanos; pensiero debole contra os dogmatismos; problematização dos dois extremos: universalismo – relativismo; a via trágico-clandestina; a agenda internacional dos direitos.

Palavras-chave: Direitos Humanos. Campo Semântico. Relativismo. Universalismo.

Abstract: The meaning of existence to make real through the perception about what means to be alive and how can we live. Imbricates, rights and obligations as a general task, are involved with geographical and historical social formation. In the meaning of weltanschauung determinates groups, the pairs verticality, horizontality, category question, age group, rent payer and psychic state results in narrative of rights. To find out the meaning of extensive or ample and multiple vocabulary, outside of apriorism ideological of lelftist or right side, guides us to the important distinction about the clef enrol the formulation about rights, where are they to place oneselves, whant do they dimension; where are they to aim. Disconcerts conceptions of democratic experience guiding us to choices in the game of interpretation. As a route of our exposition we mention it in details; to make a speech about the Human Rights; “pensiero debole” against the dogmatism; put in doubt the both extreme: universalism – relativism; the tragic-clandestine way; the international diary of rights.  

Key words: Human Rights. Semantic field. Relativism. Universalism.